domingo, 3 de julho de 2011

O buraco no muro!

A Construção coletiva está fundada na reciprocidade social, onde os sujeitos envolvidos, com iniciativas próprias vêm em busca de alternativas. Os desafios são muitos: como contribuir para afirmação de valores de solidariedade, proximidade e partilha, instituindo relações diferenciadas e diferenciadoras; como colaborar para a construção de uma sociedade efetivamente justa e fraterna; como despertar a capacidade de ação e reflexão dos sujeitos; como ajudar os sujeitos a se desenvolverem, construírem e realizarem aquilo que esperam.



Linguagens Visuais

 Paulo Freire, já utilizava imagens e as tecnologias disponíveis na década de 1960 para revolucionar a forma de alfabetizar adultos. Ilustrações impressas (ou em diafilmes, onde existiam projetores apropriados, como em Brasília) eram essenciais para a realização dos “círculos de cultura” que davam início ao processo, para a “leitura do mundo” e reflexão dos alfabetizandos sobre a sua realidade e sua condição humana e social. Na ausência de meios mais sofisticados, essas ilustrações podiam ser reproduzidas em cartolinas ou em qualquer papel disponível, de acordo com as condições de cada comunidade, e desempenhavam o mesmo papel fundamental no processo educativo.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

E-TEC "Grande expectativ​a na potenciali​dade da educação profission​al a distância"

Escola Técnica Aberta anuncia novas metas de crescimento
Terça-feira, 31 de maio de 2011 - 18:11
A Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec) vai atender, até o final de 2014, mais de 270 mil brasileiros. Só para este ano, a meta é alcançar 500 polos e 50 mil matrículas. A informação foi dada nesta terça-feira, 31, pelo secretário de educação profissional do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, na abertura de reunião promovida para debater com gestores as novas metas e diretrizes do programa. Hoje o e-Tec proporciona gratuitamente formação técnica a distância a 30 mil alunos, distribuídos em 396 polos no país.
“Temos uma grande expectativa na potencialidade da educação profissional a distância”, afirmou Eliezer. “Com o e-Tec, queremos democratizar o acesso e multiplicar a capacidade de atendimento, utilizando todas as tecnologias disponíveis.”
Além das metas, representantes das 41 instituições federais e estaduais que aderiram ao e-Tec estarão reunidos até esta quarta-feira, 1° de junho, para conhecer as alterações do formato, o fluxo do material didático e o novo modelo de financiamento do programa. No evento também será relatada a  experiência de 13 institutos federais que já oferecem ensino técnico a distância.
Criado em 2007, o e-Tec integra o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), que tem como meta beneficiar 8 milhões de pessoas com cursos técnicos e de qualificação profissional nos próximos quatro anos.

Assessoria de Imprensa da Setec

Saiba mais sobre E-Tec
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/etecbrasil.pdf

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ensino online cresce nos EUA e abre debate sobre futuro da educação

Autoridades e sindicatos americanos dividem-se sobre os resultados e as motivações da forte expansão do ensino pela internet no país
The New York Times
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/ensino-online-cresce-nos-eua-e-abre-polemica
Os defensores destes cursos dizem que eles permitem às escolas oferecer não só aulas de recuperação, a área de maior crescimento, mas também variedade maior de disciplinas eletivas e aulas de “advanced placement” – cursos oferecidos a estudantes do ensino médio nos EUA que são geralmente reconhecidos como equivalentes aos de graduação – quando não há alunos suficientes para preencher uma sala de aula.
Mas críticos dizem que o ensino online é, na verdade, guiado por um desejo de gastar menos com docentes e estabelecimentos de ensino – em tempos de crise orçamentária federal e estadual forçando cortes em educação. Eles argumentam que não há pesquisas suficientes que mostram que os cursos online no ensino básico são comparáveis aos presenciais.
Em todo o país, um número estimado de 1,03 milhão de estudantes do ensino básico fizeram um curso online entre 2007 e 2008, 47% mais do que dois anos para trás, de acordo com o Sloan Consortium, um grupo apoiador do ensino pela internet. Cerca de 200 mil estudantes frequentam integralmente escolas online – normalmente escolas licenciadas que atraem famílias adeptas do ensino doméstico, de acordo com outro relatório.
O crescimento ocorreu a despeito da revisão preventiva de pesquisas realizadas pelo Ministério da Educação dos EUA. O órgão identificou benefícios em cursos online para universitários, mas também concluiu que poucos estudos rigorosos foram feitos no ensino básico – e os legisladores “não têm evidência científica de eficácia” para este tipo de educação.
O crescimento mais rápido foi verificado nas aulas de recuperação para alunos que reprovaram o curso regular. Apoiadores dizem que os alunos entediados ou deixados para trás aprendem em seu próprio ritmo.
Assim como outros debates educacionais, este contrapõe linhas ideológicas. O ensino básico online é advogado por grupos ligados a políticas mais conservadoras que defendem a ampliação da escolha das escolas. Um exemplo é a Bush’s Foundation for Excellence in Education, que convocou os estados a providenciarem “terminais de acesso à internet” a alunos e remover proibições de escolas virtuais sem fins lucrativos. Do outro lado estão os sindicatos de professores e outras entidades que argumentam que o apoio aos cursos online, como vouchers e escolas licenciadas, propõe canalizar o dinheiro de contribuintes para o setor privado. “O que querem é substituir professores por tecnologia”, disse Alex Molnar, docente de política educacional na Arizona State University.

domingo, 24 de abril de 2011

Breve Histórico da EAD

 

A educação a distância, para muitos estudiosos, tem sua origem nas cartas do apóstolo São Paulo. De acordo com a Bíblia Sagrada, São Paulo fazia viagens missionárias e por onde passava deixava comunidades convertidas ao cristianismo. Porém ele não permanecia nessas comunidades, pois vivia em constantes viagens. Por isso, transmitia os ensinamentos da nova fé aos novos fiéis por meio de cartas, as quais eram lidas e os ensinamentos repassados aos integrantes das comunidades mesmo na sua ausência. Tais cartas contêm ensinamentos morais e espirituais baseados no cristianismo e podem ser lidas até hoje nas escrituras sagradas. Algumas delas são: “Epístola de Paulo aos Romanos”, “Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios”, entre outras[i].
Segundo LANDIM (1997) o ensino por correspondência foi o embrião da educação a distância que temos hoje. A sua origem está no ensino e difusão do Cristianismo, quando as obras da Igreja eram ditadas aos copistas com a finalidade de divulgá-las. Cita a mesma autora as cartas dos padres da Igreja como uma confirmação do ensino a distância. Quando os interlocutores não podiam se encontrar devido às distâncias, as mensagens escritas foram a primeira estratégia utilizada para se manter a comunicação entre as pessoas. Associada a troca destas mensagens tem-se o início da comunicação educativa, através da escrita, com a finalidade de permitir o conhecimento aos discípulos que não se encontravam fisicamente presentes. (LANDIM, 1997 apud TEIXEIRA, 2002, p. 34)

A primeira evolução da educação a distância se deu com o advento da escrita reproduzida em grande escala, pela máquina de impressão de Guttemberg em 1456. No final do século XVIII, o serviço postal na Europa começou a se expandir, surgindo dai as experiências pioneiras de educação por correspondência.
A partir de meados do século XX, a EAD passou a ser transmitida pelo rádio. O rádio foi muito utilizado como meio de comunicação em prol da educação principalmente no meio rural, onde existiam barreiras da distância. A principal vantagem da utilização do rádio para a EAD é que as ondas atingem a regiões remotas, onde as pessoas não teriam acesso a informação de outra maneira.
No Brasil, as primeiras experiências em EAD relatadas por meio de recursos radiofônicos e que tiveram êxito foram a do Instituto Rádio-Monitor, em 1939 e, após, a do Instituto Universal Brasileiro, em 1941.
Após o rádio, surgiu a televisão, de maneira revolucionária, disponibilizando som e imagem, alcançando a residência do aluno. As aulas eram gravadas em estúdios por professores especializados em sua área, porém sem experiência em apresentação de programas de televisão. Algumas experiências foram o Telecurso 2º grau e o programa TV Escola.
A comunicação entre professores e alunos via rádio ou TV era unidirecional, ou seja, o professor transmitia a informação ao aluno, porém não havia interação entre ambos. O telefone também foi usado como meio auxiliar do ensino a distância, porém, por ter um alto custo, fazia com que a EAD fosse elitizada.
Com as TICs, Garcia (2009) ressalta que passaram a ser usadas as redes telemáticas, ou seja, a junção de telecomunicação com informática, com suas potencialidades: e-mail ou correspondências eletrônicas, fóruns de discussão, chats, videoconferências, bancos de dados, etc. Esses meios interativos informatizados se tornaram alternativas significativas de comunicação em tempo não-real entre alunos, professores e entre comunidades estudantis.
Belloni (1999) salienta que as TIC têm papel imprescindível na EAD pelo fato do distanciamento físico entre professor e aluno e por que a comunicação nesse modelo de ensino nem sempre ser simultânea. Para ela, a interação de ambos é indireta no espaço e no tempo.
Na EaD, a interação com o professor é indireta e tem de ser mediatizada por uma combinação dos mais adequados suportes técnicos de comunicação, o que torna esta modalidade de educação bem mais dependente da mediatização que a educação convencional, de onde decorre a importância dos meios tecnológicos. (BELLONI, 1999, p. 54)
Muitos autores classificam a evolução da EAD em três gerações de evolução. No entanto, há alguns, tais como Preti (2000), que citam a quarta geração e até a quinta geração. Geralmente, essa classificação diz respeito aos meios pelo qual a modalidade se apóia.
As três primeiras gerações citadas neste trabalho, estão baseadas em Scremin (2002). A quarta e a quinta estão baseadas em Preti (2000) e Máximo (2005). Há ainda quem arrisque a sexta geração com o surgimento do “Second Life”, mas essa geração não será contemplada neste trabalho.
A primeira geração (1850 a 1960) é a geração textual. Utiliza-se basicamente o material impresso, na modalidade de cursos por correspondência baseado na auto-aprendizagem. Os alunos poderiam estudar de forma autônoma.
A segunda geração (1960-1985) é a geração analógica. Baseada em televisão e áudio, utiliza-se material impresso como apoio, complementado por recursos tecnológicos: televisão (a mídia mais marcante desta geração), vídeos-aulas, audiocassetes e telefone para auxílio do aluno quanto às possíveis dúvidas. As instituições transmitiam as aulas por meio de programas pré-gravados por emissoras educativas. Nessa modalidade, passou a utilizar algumas reuniões ou encontros de tutorias.
A terceira geração é a geração digital, (1985-1995). Utiliza-se material impresso como apoio, baseado na auto-aprendizagem, no entanto, complementado por recursos altamente diferenciados, tais como, correio eletrônico, sessões de bate-papo, uso de computadores, internet, CD, videoconferência e comunicação via satélite. O que diferencia essa geração das demais são a oportunidade da aprendizagem colaborativa e a interação com pares e professores, alterando alguns paradigmas educacionais. O aluno não é apenas treinado, ele é desafiado a pensar, criar, inovar.
A quarta geração (1995-2005) é marcada pelo uso de múltiplas tecnologias, incluindo tecnologias computacionais de banda larga. Usam-se interações por meio de vídeo e ao vivo, videoconferências, etc.
A quinta geração é marcada por todos os recursos das gerações anteriores, mais tutores eletrônicos, sistemas de respostas automatizadas e acesso via portal a processos institucionais. Segundo MÁXIMO (2005): “Enquanto a quarta geração é determinada pela aprendizagem flexível, a quinta é determinada por aprendizagem flexível inteligente”.
É importante observar que, o que determina as mudanças de gerações são as ferramentas de comunicação utilizadas pela modalidade. No entanto, uma ferramenta não substitui a outra, elas coexistem e as inovações vão apenas sendo incorporadas e ajustadas ao processo de aprendizagem.
Exemplo disso é que, apesar das inovações tecnológicas no que diz respeito ao material instrucional, desde a primeira geração da EAD até a atual, o material de apoio impresso permanece. O que se pode observar é que o material impresso ainda tem um papel significativo nessa modalidade.
Segundo Alencar (2006), da INFO Online, em notícia veiculada em abril de 2006, a respeito das ferramentas de comunicação utilizadas no ensino a distância, a Associação Brasileira de Ensino a Distância (ABED) divulgou que,

Das 217 instituições de ensino ouvidas, 85% delas ainda usam apostilas. Logo depois, vêm o e-learning com 61%, e o CD-ROM, com 42%. A soma passa dos 100% porque a mesma instituição pode usar mais de uma forma como método de aprendizagem. (ABED, 2006)

Referências bibliográficas
ALENCAR, Paulo. 2006. Papel ganha da internet no ensino a distância. Disponível em  <http://info.abril.com.br/aberto/infonews/042006/12042006-3.shl>. Acesso em: 25 nov 2009.

BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. Campinas, SP: Autores Associados, 1999.

GARCIA, Leandro. Experiências artísticas em redes telemáticas. Disponível em: <http://legeekcode.blogspot.com/2009/07/experiencias-artisticas-em-redes.html>. Acesso em 18 nov. 2009.

MÁXIMO, Luís Fernando, 2005. Educação a Distância: diferentes gerações e suas mídias. Disponível em:  http://cesbvirtual.cesbvalparaiso.edu.br/file.php/42/EAD/geracoesead.swf.   Acesso em: 18 nov 2009

SCREMIN, Sandra Bastianello. Educação a distância: uma possibilidade na educação profissionalizante. Florianópolis, SC: Bookstore, 2002.

PRETI, Oreste. Educação a distância: construindo significados. Brasília, DF: Plano, 2000.

TEIXEIRA, Esmeralda de Góes. Os obstáculos ao desenvolvimento da educação a distância: um estudo de caso sobre a educação a distância no Distrito Federal. Florianópolis, SC: 2002. Disponível em <http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/7473.pdf>.  Acesso em: 7 mar. 2008.



[i] Dados extraídos da Bíblia Sagrada – traduzida em português por João Ferreira de Almeida – Sociedade Bíblica do Brasil.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

E aprendemos....

E aprendemos...
Após um tempo,
Aprendemos a diferença sutil.
Entre segurar uma mão.
E acorrentar uma alma,
E aprendemos...
Que o amor não significa deitar-se,
E uma companhia não significa segurança...
E começamos a aprender ...
Que os beijos não são contratos...
E os presentes não são promessas...
E começamos a aceitar as derrotas...
De cabeça levantada e os olhos abertos
e o poeta continua...
Aprendemos a construir...
Todos os seus caminhos de hoje,
porque a terra amanhã,
É demasiado incerta para planos...
E os futuros têm uma forma de ficarem,
pela metade.
E depois de um tempo...
Aprendemos que se for demasiado,
Até um calorzinho do sol queima.
Assim plantamos nossa própria alma,
Em vez de esperarmos que alguém nos
traga flores.
E aprendemos que realmente podemos
agüentar,
Que somos realmente fortes,
Que realmente valemos a pena,
E aprendemos e aprendemos...
E em cada dia aprendemos...

Ciberespaço

O ciberespaço é o espaço ou território construído a partir da internet, que constrói uma rede mundial na qual estamos interligados, trocamos dados,, opiniões, nos relacionamos. Esse novo espaço transforma as comunicações, diminui distâncias e modifica às relações temporais. Permite que nos movimentemos em poucos minutos ao redor do mundo e que nos relacionemos com pessoas variadas e de várias culturas.
A rede pode ter vários problemas, que inclui o fato de nem sempre as informações trocadas serem reais, mas para Lévy Pierre (1996) não há como evitar. Segundo o autor a virtualização é uma realidade e não afetas mais apenas os processos de comunicação, mas questões econômicas, coletivas, nossa sensibilidade e o exercício da nossa inteligência. O ciberespaço é um novo espaço de desenvolvimento que não pode ser evitado. Em uma entrevista ( clique aqui ) o autor comenta que o Ensino a distância é um fato e que o uso das tecnologias não é exclusivo desta modalidade de ensino. No mundo atual elas estão ocupando a sala de aula presencial.
O autor coloca que: o ciberespaço além de abrigar uma diversidade de material de comunicação, abriga também um novo espaço de desenvolvimento, um universo de informações, e de seres humanos que trafegam e inserem dados nesse universo.